segunda-feira, 30 de março de 2009

Sexta-Feira, 27/03/09



* Áudio: http://www.goear.com/listen/bf1436b/Pois-%C3%A9,-Poesia-Daniella-Almeida


“O dito popular diz
Que não é fácil encontrar
O amor da sua vida
Aquele bom pra lascar
Batizado de alma gêmea
Quase tudo a combinar

A mistura de paixão,
Amizade e amor
Essa alma é arretada
Pois não lhe causa rancor
Só paz e maturidade
Como o canto do condor

Esse par que vos revela
Tolerância e respeito
Coisa espiritual
Que ativa lá no peito
O sentido de viver
O que é seu de direito

E então se encontrando
Não se deixem escapar
Lembrem que são almas gêmeas
Nada pode as separar
Sintonia mais que a vida
Um amor além do mar. “




Pois é, Poesia de Daniella Almeida, trechos do Cordel “O Encontro de Duas Almas Chamadas Gêmeas”. A jovem poeta Daniella nasceu no Ceará, mas vive em Olinda desde os cinco anos de idade. Escreve poesia desde os nove anos de idade, mas só a partir de 2007 é que começou a expor os seus versos. Daniella Almeida é membro da União dos Cordelistas de Pernambuco, a UNICORDEL, além disso é jornalista e possui um programa de rádio semanal sobre poesia.// a poesia de Daniella é recheada de um lirismo sentimental, puro, inocente. É possível perceber em seus poemas um universo de descobertas, sonhos, reflexões, paixões... segundo atesta a própria poeta.

Sexta-Feira, 20/03/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen/4ec29c6/Pois-%C3%A9,-Poesia-Lourdes-Alves

“Ah, meu boneco de pano!
Quantas vezes ficamos
Falando das tristezas
Angústias, solidão...
Você sempre quieto
Prestando-me atenção
Com essa cara de palhaço
Sorrindo com o que eu faço
Estagnado, vive em vão.
Você é um ser humano
Feito de trapos de pano
Cheio de amor pra dar
Feliz aqui do meu lado
Com esses olhos arregalados
Fofinho você sempre está
É meu melhor amigo
Escuta o que eu digo
Calado sem reclamar”


Pois é, Poesia de Lourdes Alves, intitulada “Boneco de Pano”. Maria de Lourdes Alves Silva é uma das representantes da voz feminina na Literatura de Cordel em Recife. Lourdes tem 47 anos, faz parte da União dos Cordelistas de Pernambuco, a UNICORDEL, e tem um cordel publicado: A História do Menino que Mamou Silicone. A poesia “Boneco de Pano” é uma homenagem às vivências da infância, que para a autora é uma fase memorável e alegre. Esse tipo de bonecos não está presente apenas nos versos de Lourdes, ela é também artesã e confecciona esses bonecos e mamulengos de materiais recicláveis. Em breve , Lourdes Alves vai publicar, também em Literatura de Cordel, o poema “ A Força do Pensamento de Biu do Coento”, mais uma história divertida e intrigante.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sexta-Feira, 13/03/09



* Áudio: http://www.goear.com/listen/84a946f/Pois-%C3%A9,-Poesia-Jos%C3%A9-Terra

“Amor, falaste para tuas amigas de macieira
Que o meu amor é calcário e complexo
Feito a filosofia.
Só que a filosofia não me dá sossego
(anda agora de mãos dadas com a matemática)
E o meu amor, se o matam hoje,
Torna a brotar quentinho
Na manhã dos desvalidos
Para fazer deles e da flor-de-macieira
um samba-canção.”



Pois é, Poesia de José Terra
, contida no livro “21 Poemas”. José Terra nasceu em Palmares, interior de Pernambuco, mas mora no Recife desde 1996. A sua poesia traz um romantismo simples, sem muita embromação nem sentimentalismos enjoativos. José Terra costuma fazer poesias dedicadas às pessoas amadas, e um dos mais homenageados é o seu filho, Pedro Poema. Em 2002 José Terra participa da Antologia “Poeta dos Palmares”, organizada por Juareiz Correya, publicada pela Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho e Prefeitura dos Palmares. Em 2005 publica junto ao poeta Joel Marcos o livro 21 Poemas, e em 2007 volta a fazer parceria com Juraiez Correya, no livro “Poesia do Mesmo Sangue”. O poeta publica poesias freqüentemente no seu blog, www.jose-terra.blogspot.com e já tem dois livros prontos, na fila, para serem publicados.

Quer Mais?
Toma: http://interpoetica.com/jose_terra.htm

terça-feira, 3 de março de 2009

quinta-feira, 19/02/09



Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=0039500


“Essa casa que me habita
& que me faz paredes abertas –
me acompanha
& se verte
sombra em meu presente –
exerce
sobre mim a influência
que a M@quina
em vão aplaca.
essa casa que me habita
& que me faz medo & sonho
me lembra que
meu nome impresso
em tua sina
não se desfaz
como o metal sangrento:
é lume
é terra
é vento.”


Pois é, Poesia de Wellington de Melo, “A Casa”. Wellignton de Melo nasceu no Recife, em 1976. É poeta, professor e tradutor. Publicou “O Diálogo das Coisas”, em 2007, pela Editora Universitária, e “Desvirtual Provisório”, em 2008, pela Editora paulista Canal 6. Participou da última edição da FLIPORTO e recebeu menção honrosa no “Prêmio Nacional Mendonça Júnior de Crônica e Poesia” em 2007. É colaborador do grupo Nós Pós e trabalha atualmente em vários projetos literários, dentre eles o poemário “O Peso do Medo – 30 Poemas em Fúria”, que reúne poemas afiados sobre diversos temas, inclusive aqueles que parecem não ser tão poéticos.

Quer Mais?
Toma: http://wellingtondemelo.com.br/site/