quarta-feira, 30 de abril de 2008

quinta-feira, 24 de abril de 2008


"Quero escrever meus versos
No teu corpo nu
Que minhas mãos façam
Sonetos em ti

Que minha boca declame
Beijos na hora exata
da entrega dos amantes
que o desejo ultrapasse o frevo

de uma noite de carnaval em Olinda
e os confetes e serpentinas
sejam os nossos poros abertos
no calor dos sussurros

quero que você componha
sua música em mim
e assim, nos tornaremos
belos, simplesmente

não quero mais saber
de escrever poemas em frios papéis
quero sim, que minha palavra

seja apenas uma ato de amor!"




Pois é, Poesia de Silvana Menezes, poetisa paraibana, moradora de Olinda desde 1979. Mulher de fibra, que enfrentou de tudo um pouco na vida. Escreve sobre o amor e sobre a própria poesia, sem nunca titular seus poemas. Além de escrever e interpretar versos, é arte-educadora e atriz. Silvana Menezes é fundadora do projeto “Quartas Literárias”, do Centro de Cultura Luis Freire, em Olinda. Toda última quarta-feira de cada mês, poetas, músicos, e atores se reúnem neste reduto da arte, para um recital poético, que acontece há oito anos. O projeto “Quartas Literárias” tornou-se um Ponto de Cultura há 3 anos, e hoje faz parte da teia dos pontos disseminadores da cultura brasileira, dentro do programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura.



Quer mais?

Toma: http://www.interpoetica.com/silvana_menezes_gm.htm

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=10902016388347799327

*áudio: http://www.4shared.com/file/46578018/86f9658a/POEMA_24_04_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1

terça-feira, 29 de abril de 2008

quinta-feira, 17/04/08

DESENCANTO



"Eu faço versos como quem chora

De desalento. . . de desencanto. . .

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.





Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.




E nestes versos de angústia rouca,

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.




- Eu faço versos como quem morre. "








Pois é, Poesia de Manuel Bandeira, intitulada “Desencanto”. Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, nasceu no recife no dia 19 de abril de 1886. Durante a vida, residiu na capital pernambucana, no Rio de Janeiro, São Paulo, e chegou, inclusive, a mudar-se para a Suíça, em busca de tratar-se da tuberculose. A doença esteve com o poeta durante 64 anos, sendo tema explícito e implícito de seus versos. A sua lira, é também povoada pela nostalgia da infância na Rua da União, onde brincava. “Carnaval”, “Cinza das Horas” e “Libertinagem” são alguns dos 14 títulos que Manuel Bandeira escreveu. O poeta de “vou-me embora pra Pasárgada” despediu-se definitivamente no dia 13 de outubro de 1968, em Botafogo, Rio de Janeiro, nos deixando poesias, prosas e inspiração.

quer mais?
toma: http://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp
http://www.revista.agulha.nom.br/manuelbandeira.html

*áudio: http://www.4shared.com/file/46576529/3cc7b307/POEMA_17_04_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1

quarta-feira, 23 de abril de 2008

quinta-feira, 10/04/08



"No meu Marco a multimídia

será tema corriqueiro

teremos CD-ROM sobre

embolador, violeiro,

rezador, homem-da-cobra,

doutor-raiz e vaqueiro.



A Vida de Vitalino,

de Padim Ciço Romão

e do Capitão Pereira,

de Pinto e do Frei Damião,

Leandro, Zé Marcolino,

de Gonzaga e Lampião.



No meu Marco Cibernético

toda essa inovação

estará sempre a serviço

de uma preservação

dos nossos velhos costumes

sem ferir a tradição."





Pois é, Poesia de José Honório, trechos do cordel: "O Marco Cibernético construído em Timbaúba".
Honório nasceu no Recife em 23 de janeiro de 1963.
Dedica-se à literatura de cordel desde 1984, e seu primeiro título, publicado neste mesmo ano, é "Recife: Caranaval, Frevo e Passo.
Este renomado cordelista tem cerca de 50 títulos publicados até agora.
Em sua carreira poética a informática está presente não só nos temas dos folhetos, mas também na produção deles. Honório é um dos primeiros a utilizar os recursos da tecnologia a serviço da confecção dos cordéis .
Em 16 de abril de 2005, em conjunto com outros poetas, ele idealiza e funda a UNICORDEL: União dos Cordelistas de Pernambuco, que completa este mês 3 anos de existência e muitos recitais poéticos.



Quer mais?
toma: http://www.zehonorioblogspot.com/


*áudio: http://www.4shared.com/account/file/45930384/2ad57878/POEMA_1.html

Pois é, Poesia é...

... um programete sobre poesia, transmitido todas as quintas-feiras, por volta das 6:30 da manhã, pela Rádio Universitária FM, durante o programa "Redator Comunitário".

Um espaço para a divulgação do trabalho dos poetas pernambucanos da contemporaneidade, com a leitura de versos e informações sobre os autores.

Eventualmente, o "Pois é, Poesia" visita a galeria dos imortais, e homenageia os poetas "quer idos, queridos"*.

Em outros momentos, nomes da poesia brasileira e internacional aparecem neste quadro, dedicado aos Pernambucanos e aos amantes da Poesia...

Pois é, Poesia...é isso.

* mote do cordelista João Campos