domingo, 27 de julho de 2008

quinta-feira 24/07/08

*Especial 100 anos Solano Trindade



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*Áudio:http://www.4shared.com/file/56514777/4c6f839e/POIS_E_POESIA_24_07_08.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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"Quando eu tiver bastante pão
para meus filhos
para minha amada
pros meus amigos
e pros meus vizinhos
quando eu tiver
livros para ler
então eu comprarei
uma gravata colorida
larga
bonita
e darei um laço perfeito
e ficarei mostrando
a minha gravata colorida
a todos os que gostam
de gente engravatada..."
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Pois é, Poesia de Solano Trindade, intitulada “Gravata Colorida”. Hoje no Recife, no Brasil, no mundo e além, comemora-se o centenário do poeta Solano Trindade, desencarnado, mas vivo em seus versos. Este recifense fez poesia social, poesia forte, em favor do negro, da liberdade e da igualdade. A poesia escrita não foi eu único grito: Solano Trindade fundou a Frente Negra Pernambucana, que mais tarde torna-se o Centro de Cultura Afro-Brasileira e, em 1950 funda o Teatro Popular do Negro. O Recife não o segurou: morou em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo...e por fim Rio de Janeiro. Mas, ao que parece, nunca deixou sua terra e continua vivo na memória de seus filhos poéticos, vivo no Pátio do Terço, no bairro de São José, vivo na história do povo negro, na história do povo.
“Na minh'alma ficou
o Sambao Batuque
o Bamboleio
e o Desejo de Libertação.”
Solano Trindade, Recife 24 de julho de 1908 - Rio de Janeiro, 1974.
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quinta-feira, 17 de julho de 2008

quinta-feira, 17/07/08


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* Áudio: http://www.4shared.com/file/55567383/5aee9af7/POIS_E_POESIA_17_07_08.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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"Minha mulher, a solidão,
Consegue que eu não seja triste.
Ah, que bom é o coração
Ter este bem que não existe!

Recolho a não ouvir ninguém,
Não sofro o insulto de um carinho
E falo alto sem que haja alguém:
Nascem-me os versos do caminho.

Senhor, se há bem que o céu conceda
Submisso à opressão do Fado,
Dá-me eu ser só - veste de seda -,
E fala só - leque animado."
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Pois é, Poesia de Fernando Pessoa, escrita no ano de 1930. Fernando Antônio Nogueira Pessoa, o aclamado Fernando Pessoa, é um dos maiores nomes na poesia de língua portuguesa. O poeta, considerado “o enigma em pessoa”, conviveu com personalidades periféricas... seus outros “eus”, os famosos heterônimos. Alberto Caeiro, um poeta da natureza, Ricardo Reis, que chega a emigrar para o Brasil, e Álvaro de Campos, são os três heterônimos mais conhecidos de Fernando Pessoa, e possuem poesias e histórias próprias e independentes. Este poeta que criou e recriou poesias e estilos, representa sobretudo a sua língua-pátria e o seu século, o século XX.
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Toma: http://www.jornaldepoesia.jor.br/pessoa.html
http://www.germinaliteratura.com.br/fp.htm
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CRÉDITO: "Sonhos", Pixinguinha De Novo, por Altamiro Carrilho e Carlos Poyares.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

quinta-feira, 10/07/08



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*Àudio:http://www.4shared.com/file/54659722/57939ece/POIS_E_POESIA_10_07_08.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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“Contemplo a arquitetura da Aurora
Recreio dos pássaros da Boa Vista
Do seu cais palco sempre dourado
E de museus falando as suas horas.

Aurora musa dos sonhos de Bandeira
Mãe de tantos andarilhos girassóis
Plataforma de olhares impassíveis
Transmutados pelo pão de cada dia.

Aurora monumento à liberdade
Descortina o Palácio das Princesas
E acolhe os eternos namorados
Embriagados com a lua do seu rio.

Quisera eu aqui ter vivido
A aurora azul da minha vida
Nesta via de perfeita geometria
Entre a fumaça e névoa da cidade.”

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Pois é, Poesia de Aldo Lins, “Bandeira da Aurora”. Paraibano de Cajazeiras, Aldo Lins Inicia a criação literária em João Pessoa, ao publicar artigos e poemas na mídia impressa da capital paraibana. Na década de 90, vem para o Recife, onde começa a publicar seus versos de forma independente e, principalmente, na revista “Encontro”, do Gabinete Português de Leitura. Em 2002 publica o livro “Alma de Vidro”, e em 2007 inicia o projeto poético musical “Canta Boa Vista”, ao lado de Sônia Trindade e Carlos Maia. Aldo Lins faz uma poesia dita alternativa, que não tem medo de não agradar...forte e visceral, bela e flamejante, tal qual uma bandeira em favor da arte literária, que a sustenta erguida.
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CRÉDITO: "Recife Manhã de Sol" (de J. Micheles, por Cláudio Almeida)

terça-feira, 8 de julho de 2008

quinta-feira, 03/07/08


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“Mais que sorriso silente
mais que ruidosa mudez

mais que paleta de tintas
ressecada, quebradiça
que o pincel endurecido
no ateliê deserto

mais que partir outra vez
dói a terrível certeza
do retorno sempre certo”
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Pois é, Poesia de Gerusa Leal, intitulada “Eterno”. Este poema, está contido no livro “Versilêncios”, Prêmio Edmir Domingues 2007 de poesia, da Academia Pernambucana de Letras. “Versilêncios” está em vias de ser publicado, com incentivo da Prefeitura da Cidade do Recife. Gerusa Leal é recifense, e mora atualmente em Olinda, cidade sítio dos seus versos. Gerusa faz parte da Oficina de Criação literária de Raimundo Carrero, grupo virtual associado à União Brasileira dos Escritores, a UBE, seção Pernambuco. O talento, inigualável, vem tardiamente: apenas a partir de 2003 é que ela começa a criação. Apesar disso, Gerusa Leal já tem bagagem ampla, com mais de dez publicações, entre contos e poemas, em coletâneas, além, é claro, de várias premiações.
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CRÉDITO: "Fotografia" (de Tom Jobim, Por César Camargo Mariano e Romero Lulambo)