terça-feira, 14 de abril de 2009

Sexta-feira, 10/04/09



*Áudio: http://www.esnips.com/doc/5179580d-6718-4294-8ce7-0fb38894eb5c/POIS-%C3%89-POESIA--10.04.09


"cravo lótus
sombras de incenso
quase-final de estoque

volteando em si com num ralo
em lentíssima voltagem
em prudente baque

o mal? entalado
pedaço que separa
palavra e peritalse

um címbalo acorda
acorde no tímpano perfurado"

segunda-feira, 30 de março de 2009

Sexta-Feira, 27/03/09



* Áudio: http://www.goear.com/listen/bf1436b/Pois-%C3%A9,-Poesia-Daniella-Almeida


“O dito popular diz
Que não é fácil encontrar
O amor da sua vida
Aquele bom pra lascar
Batizado de alma gêmea
Quase tudo a combinar

A mistura de paixão,
Amizade e amor
Essa alma é arretada
Pois não lhe causa rancor
Só paz e maturidade
Como o canto do condor

Esse par que vos revela
Tolerância e respeito
Coisa espiritual
Que ativa lá no peito
O sentido de viver
O que é seu de direito

E então se encontrando
Não se deixem escapar
Lembrem que são almas gêmeas
Nada pode as separar
Sintonia mais que a vida
Um amor além do mar. “




Pois é, Poesia de Daniella Almeida, trechos do Cordel “O Encontro de Duas Almas Chamadas Gêmeas”. A jovem poeta Daniella nasceu no Ceará, mas vive em Olinda desde os cinco anos de idade. Escreve poesia desde os nove anos de idade, mas só a partir de 2007 é que começou a expor os seus versos. Daniella Almeida é membro da União dos Cordelistas de Pernambuco, a UNICORDEL, além disso é jornalista e possui um programa de rádio semanal sobre poesia.// a poesia de Daniella é recheada de um lirismo sentimental, puro, inocente. É possível perceber em seus poemas um universo de descobertas, sonhos, reflexões, paixões... segundo atesta a própria poeta.

Sexta-Feira, 20/03/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen/4ec29c6/Pois-%C3%A9,-Poesia-Lourdes-Alves

“Ah, meu boneco de pano!
Quantas vezes ficamos
Falando das tristezas
Angústias, solidão...
Você sempre quieto
Prestando-me atenção
Com essa cara de palhaço
Sorrindo com o que eu faço
Estagnado, vive em vão.
Você é um ser humano
Feito de trapos de pano
Cheio de amor pra dar
Feliz aqui do meu lado
Com esses olhos arregalados
Fofinho você sempre está
É meu melhor amigo
Escuta o que eu digo
Calado sem reclamar”


Pois é, Poesia de Lourdes Alves, intitulada “Boneco de Pano”. Maria de Lourdes Alves Silva é uma das representantes da voz feminina na Literatura de Cordel em Recife. Lourdes tem 47 anos, faz parte da União dos Cordelistas de Pernambuco, a UNICORDEL, e tem um cordel publicado: A História do Menino que Mamou Silicone. A poesia “Boneco de Pano” é uma homenagem às vivências da infância, que para a autora é uma fase memorável e alegre. Esse tipo de bonecos não está presente apenas nos versos de Lourdes, ela é também artesã e confecciona esses bonecos e mamulengos de materiais recicláveis. Em breve , Lourdes Alves vai publicar, também em Literatura de Cordel, o poema “ A Força do Pensamento de Biu do Coento”, mais uma história divertida e intrigante.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sexta-Feira, 13/03/09



* Áudio: http://www.goear.com/listen/84a946f/Pois-%C3%A9,-Poesia-Jos%C3%A9-Terra

“Amor, falaste para tuas amigas de macieira
Que o meu amor é calcário e complexo
Feito a filosofia.
Só que a filosofia não me dá sossego
(anda agora de mãos dadas com a matemática)
E o meu amor, se o matam hoje,
Torna a brotar quentinho
Na manhã dos desvalidos
Para fazer deles e da flor-de-macieira
um samba-canção.”



Pois é, Poesia de José Terra
, contida no livro “21 Poemas”. José Terra nasceu em Palmares, interior de Pernambuco, mas mora no Recife desde 1996. A sua poesia traz um romantismo simples, sem muita embromação nem sentimentalismos enjoativos. José Terra costuma fazer poesias dedicadas às pessoas amadas, e um dos mais homenageados é o seu filho, Pedro Poema. Em 2002 José Terra participa da Antologia “Poeta dos Palmares”, organizada por Juareiz Correya, publicada pela Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho e Prefeitura dos Palmares. Em 2005 publica junto ao poeta Joel Marcos o livro 21 Poemas, e em 2007 volta a fazer parceria com Juraiez Correya, no livro “Poesia do Mesmo Sangue”. O poeta publica poesias freqüentemente no seu blog, www.jose-terra.blogspot.com e já tem dois livros prontos, na fila, para serem publicados.

Quer Mais?
Toma: http://interpoetica.com/jose_terra.htm

terça-feira, 3 de março de 2009

quinta-feira, 19/02/09



Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=0039500


“Essa casa que me habita
& que me faz paredes abertas –
me acompanha
& se verte
sombra em meu presente –
exerce
sobre mim a influência
que a M@quina
em vão aplaca.
essa casa que me habita
& que me faz medo & sonho
me lembra que
meu nome impresso
em tua sina
não se desfaz
como o metal sangrento:
é lume
é terra
é vento.”


Pois é, Poesia de Wellington de Melo, “A Casa”. Wellignton de Melo nasceu no Recife, em 1976. É poeta, professor e tradutor. Publicou “O Diálogo das Coisas”, em 2007, pela Editora Universitária, e “Desvirtual Provisório”, em 2008, pela Editora paulista Canal 6. Participou da última edição da FLIPORTO e recebeu menção honrosa no “Prêmio Nacional Mendonça Júnior de Crônica e Poesia” em 2007. É colaborador do grupo Nós Pós e trabalha atualmente em vários projetos literários, dentre eles o poemário “O Peso do Medo – 30 Poemas em Fúria”, que reúne poemas afiados sobre diversos temas, inclusive aqueles que parecem não ser tão poéticos.

Quer Mais?
Toma: http://wellingtondemelo.com.br/site/

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quinta-feira, 12/02/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=12115c0

“De hoje em diante
Só conjugarei o verbo amar
Amarei as coisas bonitas
A natureza
Os seres
E outras coisas que só descobrirei depois

Amarei também a dor
Que é o que eu menos desejo
E o que mais existe...”


Pois é, Poesia de Yugo Taroo. Yugo é um jovem escritor pernambucano, natural da cidade de Paulista. Freqüentou a oficina literária de Raimundo Carrero e participou de um mini-curso ministrado por pelo escritor Marcelino Freire. Yugo é formado em Letras pela FUNESO, e foi um dos responsáveis pela circulação do Fanzine “Carnavalização” dentro da faculdade. Além de se aventurar pelos contos e poemas, Yugo Taroo é ator e compositor. A sua poesia é ao mesmo tempo sensível e realista, simples, embora exija bastante atenção do ouvinte/leitor. Yugo é mais um nome na nova cena poética do estado quem têm sido bem representada pelos jovens que surgem nos eventos e espaços literários. Recentemente yugo taroo teve um conto publicado na coletânea “Recife Conta o Natal II”, através da Prefeitura da Cidade do Recife.


Quer Mais?
Toma: http://nospos.blogspot.com/2009/01/textos-apresentadospor-yugo-taroo-no.html

http://yugotaroo.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Quinta-feira, 05/02/09




* Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=3baec61


"Que importa, que ao chegar
eu nem pareça pássaro!
Que importa se ao chegar
venha me rebentando
caindo aos pedaços,
sem aprumo
e sem beleza!...
Fundamental
é cumprir a missão
e cumpri-la
até o fim!..."



Pois é, poesia de Dom Hélder Câmara. Hélder Pessoa Câmara Nasceu em Fortaleza, no estado do Ceará, no dia 7 de fevereiro de 1909. Ainda criança ele demonstrou Ter afinidade com a religião católica, e aos 14 anos de idade entrou para o Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde iniciou os seus estudos. Desde então sua a vida foi quase que inteiramente dedicada à Igreja. Em 1964 Dom Hélder foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, e permaneceu no cargo durante 20 anos. Nessa época, o Brasil vivia o regime militar, e Dom Hélder tornou-se um verdadeiro líder na luta pelos direitos humanos, sempre contra os abusos e autoritarismo da ditadura militar. Dom Hélder Câmara escreveu alguns poemas que são como orações, conversas com Deus e conselhos aos homens. O Apóstolo brasileiro partiu no mês agosto de 1999, mas deixou na terra os ensinamentos a cerca da paz, da bondade, e do amor.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quinta-feira, 29/01/09



* Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=065eab6

“profissão de fé
poeta
calo serei não por acaso
ou prazer
ouvir e cantar de sim
e não
de não calar se o calo
aperta
coisa de infringir não de
punir
coisa de negar não de
esquecer
não é por nada nem por
querer
minha língua rude
roída rói
sagrado dogma
abaixo do qual ferve
a fogueira
verve fogosa queima
o silêncio
sobre a labareda”



Pois é, Poesia de Pedro Américo de Farias, intitulada “Não me Calo”, extraída do livro ainda inédito “Arquivo Perdido”. O poeta Pedro Américo nasceu em Oricuri, interior do estado, em abril de 1948, 20 anos mais tarde, muda-se para Recife, onde vive desde então. Pedro Américo diz não fazer parte de nenhum movimento literário. É um autêntico experimentalista de formas poéticas clássicas e contemporâneas, e também risca para o lado da prosa, da crítica e da ficção. Aliás a ficção é também sua leitura predileta. O poeta é licenciado em letras e pós-graduado em educação de adultos. É um dos responsáveis pela concepção do Festival Recifense de Literatura “A Letra e a Voz”. Trabalha também com oficinas de leitura em voz alta de poesia e é funcionário da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. Possui publicações de poesia, prosa de ficção, ensaios, textos avulsos em diversos periódicos além de participar de várias antologias. Em 2009 o poeta publica “Linguaraz” através do incentivo do Funcultura, que inova por seu formato: um audiolivro, e possivelmente pela sua temática e construção poética, uma vez que é oriundo do poeta de língua rude, roída que rói ... e emite ruídos.

Quer mais?
Toma: http://www.interpoetica.com/entrevista_pedro.htm

CRÉDITO: Raul Seixas - GITA

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Quinta-feira, 15/01/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=70effda


"Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti... "


Quer Mais?
Toma:http://www.secrel.com.br/JPOESIA/quinta.html
http://www.releituras.com/mquintana_bio.asp

CRÉDITO(trilha): Uakti

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Quinta-feira 08/01/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=72c7f26

“Os párias saem às ruas
e abocanham o gargalo da Morte.
Eu à turba me recolho
bêbado de poucas mazelas
envergonhado por não ter também
feridas nos pés.
Noite de interurbanos rasgando os céus
como néons
de bofetadas e vômitos
de desesperos gravitando sonhos.
Cadelas rastejam seus peitos
e se conformam
com o cio. Ladram. Doam-se.
Eu também.
Abro minha mesa
para os que trazem cansaço e solidão.
Na penumbra bebemos
à alegria de mais um Natal.”



Pois é, Poesia de Raimundo de Moraes, Intitulada “Presépio”. Raimundo de Moraes escreve desde a adolescência, nos anos 80, quando então foi “batizado” por um dos maiores poetas da nossa história: Alberto da Cunha Melo. Raimundo surge, enquanto poeta, dentro do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, movimento este que transformou a história da poesia em nosso estado e que repercute até hoje, influenciando a geração poética contemporânea. Além de dedicar-se aos versos Raimundo de Moraes é também publicitário e jornalista e une seus saberes acadêmicos à vocação para escrever a coluna “Arruar 21”, no site Interpoética; Uma coluna que ele define com sendo de “utilidades e futilidades”. Apesar de Ter se afastado da literatura durante 10 anos o poeta Raimundo de Moraes teve um regresso triunfal: nos anos de 2007 e 2008 foi o autor pernambucano mais premiado, e chegou a conquistar primeiros lugares e menções honrosas nas cinco regiões do País.

Quer Mais?
Toma: http://www.interpoetica.com/os_olhos_da_gazela.htm

CRÈDITOS: Nuevo Mexico (Hecho en Casa)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009