sábado, 28 de junho de 2008

quinta-feira, 26/06/08


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*Áudio:
http://www.4shared.com/file/53096739/573756c3/POEMA_26_06_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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"E se inda houver amor, eu me apresento
E me entrego ao princípio do oceano
E se me atinge a onda, úmida eu tremo
Esquecida de insones desenganos

E se inda houver amor eu me arrebento
Feliz, atravessada de esperança
E mesmo lacerada inda sim tento
Quebrar com meu amor todas as lanças

E se inda houver amor terei alento
Para agüentar o inútil destes anos
E não me matarei, sonhando o tempo
Em que me afogarei no seu encanto

E se inda houver amor, ah, me consente
Ser pasto de tua chama, astro medonho.
E se inda houver amor, eu simplesmente
Apago esta ferida do meu sono."

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Pois é, Poesia de Lucila Nogueira, intitulada “E Se Inda Houver Amor”. Lucila Nogueira é carioca, nascida no ano de 1950, e reside atualmente no Recife. Ela é poeta, ensaísta, contista, crítica literária, professora universitária e tradutora, e possui 20 livros de poesias publicados, dois deles vencedores do prêmio de poesia Manuel Bandeira, do governo do estado de Pernambuco. É membro da Academia Pernambucana de Letras, e foi a primeira mulher a representar o Brasil no Festival de Poesia de Medellin, o maior festival de poesia do mundo. De índole romântica e sonhadora, a poeta Lucila Nogueira leva a poesia à tira colo em seu cotidiano. As banalidades de todo santo dia são, vez por outra, penetradas pela surpresa, pelo absurdo...por versos pulsantes.
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Quer mais?
Toma: http://www.interpoetica.com/entrevista_lucila.htm
http://lucnog.blogspot.com/
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CRÉDITO: PORTO DA SAUDADE (Autoria: Alceu Valença, Intérprete: Cláudio Almeida )

quarta-feira, 25 de junho de 2008

quinta-feira, 19/06/08


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*Áudio:
http://www.4shared.com/file/52732081/c1f7a545/POEMA_19_06_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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"Gonzaga virou poeta
Desse povo sertanejo
Identidade que vejo
Ele traçou essa meta
Meu sertanejo é esteta
Palmilhou grande destino
Do sertão um paladino
Ao mostrar-se por inteiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino
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Gibão, chapéu e perneira
Peitoral luvas também
O vaqueiro vai além
Vegetação catingueira
Derruba boi na esteira
Depois de ouvir seu sino
Como Gonzaga menino
Avistou no seu terreiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino
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Gonzaga foi no plural
Sintetizou a cultura
Na sua vertente pura
Vestimenta original
Do vaqueiro fraternal
O seu gesto que eu assino
Nordeste de Vitalino
Foi embaixador primeiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino"

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Pois é, Poesia de Allan Sales, “Foi Vestido de Vaqueiro que Mostrou-se um Nordestino”, texto dedicado ao rei do baião, Luiz Gonzaga. Músico, compositor e poeta cordelista, o autor desses versos é natural do Crato, Ceará, e radicado no Recife desde de 1969. Allan Sales, auto denomina-se Menestrel, e disso ninguém discorda, pela maestria com que verseja e improvisa. Por sua iniciativa a Prefeitura da Cidade do Recife lança este ano o CD “Cordas e Cordéis”, no qual Allan Sales e mais sete cordelistas recitam poesias que soam tais quais belas canções.
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Quer mais?
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domingo, 15 de junho de 2008

quinta-feira, 12/06/2008

*especial dia dos namorados.

*especial pro meu namorado.... (amo demais, demais)

(a trilha é brega, amar é brega, ok?)





*Áudio: http://www.4shared.com/file/51465659/9c44f072/POEMA_12_06_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1

"É bom, amor, sentir-te perto de mim na noite
Invisível em teu sonho, seriamente noturna,
Enquanto eu desenrolo minhas preocupações
Como se fossem redes confundidas

Ausente, pelos sonhos teu coração navega
Mas teu corpo assim abandonado respira
Buscando-me sem ver-me, completando meu sonho
Como uma planta que se duplica na sombra

Erguida, serás outra que viverá amanhã
Mas das fronteiras perdidas na noite,
Deste ser e não ser em que nos encontramos

Algo fica acercando-nos na luz da vida
Como se o selo da sombra assinalasse
Com fogo suas secretas criaturas."

Pois é, Poesia de Pablo Neruda, contida no livro 100 sonetos de amor. Pablo Neruda, é na verdade um pseudônimo de um certo “Ricardo”, nascido na cidade de Parral, no Chile, no ano de 1904. Nobel na Literatura e no Amor, chegou a ser Cônsul e até mesmo Senador, exercendo a diplomacia na política e na poesia, através de seus versos universais, deixados para nós antes do ano de 1973, quando falece. Em seus sonetos Neruda utiliza grãos, pedras, pães e outros elementos, para falar de um amor vivo, presente, abstrato e concreto ao mesmo tempo. Para falar dos sentimentos, aqueles que amam sem ser num papel, fazem suas as palavras do poeta chileno, pois Neruda, parece escrever por eles... por Nós.

Quer mais?
Toma: http://br.geocities.com/edterranova/nerudapoe.htm
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.fundacionneruda.org/ing/home_ingles.htm&sa=X&oi=translate&resnum=7&ct=result&prev=/search%3Fq%3Dpablo%2Bneruda%26start%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26pwst%3D1

CRÉDITO: "Ne Me Quite Pas" - Jacques Brel,com a orquestra de Paul Mauriat.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Quinta-feira, 05/06/08



(foto por Mateus Sá)
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*Áudio: http://www.4shared.com/file/50817066/eac71dc6/POEMA_05_06_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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O azul toma conta da face
que se transmuda em sertão
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velas a postos
sons despedidas
histórias de náufragos
ressurreição
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o sol toma conta da face
que se exprime sertão
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pipas a pino
ciranda de nuvens
varanda aurora
roda pião
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o nu toma conta da face
onde mora o sertão
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Pois é, Poesia de Cida Pedrosa, intitulada “A Face e O Sertão”. Maria Aparecida Pedrosa nasceu no sertão de Bodocó, em 1963, na quentura do mês de outubro, pelas mãos de uma parteira. Na adolescência mudou-se para o Recife, quando então a sua produção literária começa a se intensificar. As cantorias que ouvia quando criança misturada aos anseios juvenis de mudar o mundo, invadem seus primeiros versos. Cida Pedrosa é poeta urbana com profundas raízes sertanejas, militante da política e da poesia. Está presente nos acontecimentos poéticos da metrópole pernambucana, e faz parte do grupo Vozes Femininas, junto a mais três poetisas. Edita, junto a Sennor Ramos, o site interpoética, um verdadeiro portal que permite a qualquer um a navegação dentro do fantástico universo da poesia.
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quer mais?
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CRÉDITO: Música: Sabiá ( Luiz Gonzaga e Zé Dantas ).