terça-feira, 25 de novembro de 2008

Quinta-feria, 20/11/08



*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=12fdd2f


“temos que nos amar
temos que nos querer
foi o amor que fez um dia
a gente nascer

temos que nos unir
pra formar uma grande nação
onde não haja mais guerra
nem destruição

temos que abrir os olhos
dessa sociedade
dizer não a violência
denunciar a corrupção
e dizer a esse mundo
quero paz, violência não!

temos que cuidar do planeta
acabar com a poluição
tirar as crianças da rua
dando educação...”


Pois é, Poesia de Gizele Tavares , “O Amor que Nos Faz Nascer”. Gizele Tavares de Melo Souza é recifense, tem apenas dezesseis anos e faz versos com maestria. Gizele escreve desde os oito anos de idade e diz ser apaixonada por poesia. Na poesia a talentosa menina encontra um modo de ajudar a si mesma, à família e a sociedade em que vive, através de versos realistas, que propõem aos leitores uma reflexão sobre a vida. Gizele Tavres já tem mais de 70 poemas, 5 deles publicados nos principais jornais da cidade, e tem até uma possível novela escrita. Ela conta que o dom de poetizar foi dado por deus, mas a influência vem de seu pai, que é poeta e compositor. A inspiração chega sempre na madrugada, como seu uma voz lhe soprasse os versinhos ouvido a dentro, e como se ela apenas “psicografasse” as palavras ditadas pelo “espírito da poesia”. Apesar de jovem, Gisele Tavares estuda e trabalha para sustentar sua família, já que seu pai, não pode trabalhar por motivos de doença. É uma mocinha esforçada, humilde e que sonha com o reconhecimento do seu trabalho e quer vencer na vida e conquistar o seu batismo literário. No dia 30 de novembro, Gizele Tavares recita “O Amor que Nos Faz Nascer”, durante a Caminhada Pela Paz, que acontece na Avenida Boa Viagem a partir das quatro horas da tarde.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

quinta-feira, 13/11/08




*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=91d1f0a



“A antítese do novo e do Obsoleto,
O Amor e a Paz, o Ódio e a Carnificina,
O que o homem ama e o que o homem abomina,
Tudo convém para o homem ser completo!

O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto,
Uma feição humana e outra divina
São como a eximenina e a endimenina
Que servem ambas para o mesmo feto!

Eu sei tudo isto mais do que o Eclesiastes!
Por justaposição destes contrastes,
Junta-se um hemisfério a outro hemisfério,

Às alegrias juntam-se as tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemitério!...”



Pois é, Poesia
de Augusto dos Anjos, intitulada “Contrastes”. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau D’arco, na Paraíba, em Abril de 1884. Passou sua infância no Estado natal, e durante o resto de sua vida morou em Recife, onde cursou e se formou em direito, Rio de Janeiro e Leopoldina, em Minas Gerais, onde morreu, em 12 de novembro de 1914, vítima de pneumonia. O seu único livro intitulado “EU” foi publicado em 1912, e reúne suas poesias belas e afiadas, frutos de uma mente cética em relação à vida e ao amor. O poeta Augusto dos Anjos é representante de uma época em que a poesia brasileira se encontrava num estágio de transição, antes de despontarem os modernistas, filhos da semana de arte de 1922. Seus versos se caracterizam pela originalidade temática, cercada de um pessimismo irônico, e pelo vocabulário repleto de termos científicos e biológicos, sem deixar de lado as metáforas e demais figuras de linguagem que conferem à poesia a sua beleza e subjetividade.

CRÉDITO: Egberto Gismonti, Água e Vinho.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sexta-feira 31/10/08



*Áudio: (em breve)

“Dizem os bardos que uma cidade
é feita
de homens,
com várias mãos
e
o sentimento do mundo.
Assim Recife nasceu no cais
de um azul marinho e celestial,
onde suas artérias evocam:
Aurora, Saudade, Concórdia,
Soledade,
União, Prazeres, Alegria e Glória.
Mas nos deixa no chão,
atolados na lama
de sua indiferença aluviônica:
a ver navios com suas hordas
invasoras
e o Atlântico
como possibilidade
de saída...”



Pois é, Poesia de Valmir Jordão, intitulada “Ah Recife!”. Valmir Silva Jordão nasceu no Recife no ano de 1961. Oriundo do Bairro de São José, inicia sua vida poética aos 19 anos de idade. É poeta boêmio, que faz poesia politizada e consciente. Filiado a União Brasileira dos Escritores, a UBE, desde os anos 80, colaborou com diversos fanzines da época, e possui mais de 10 publicações. É autor de versos famosos, quase ditos populares como no poema “coca para os ricos/ cola para os pobres/ coca-cola é isso aí”. Valmir Jordão faz parte da geração dos poetas urbanos, radicais, que acreditam que a poesia permeia toda a existência, a vida, a morte, o bem e o mal. Logo mais, às sete horas da noite, Valmir Jordão lança seu novo livro: ”Hai Kaindo na Real & Outros Poemas”, no auditório do SINTEL, na Boa Vista, próximo a UNICAP. A coletânea mescla poesias de estilo livre usual, e hai kais: poemas-pílula, de origem japonesa que costumam dizer muito em poucos versos.

quer mais?
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