sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Quinta-feira 08/01/09



*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=72c7f26

“Os párias saem às ruas
e abocanham o gargalo da Morte.
Eu à turba me recolho
bêbado de poucas mazelas
envergonhado por não ter também
feridas nos pés.
Noite de interurbanos rasgando os céus
como néons
de bofetadas e vômitos
de desesperos gravitando sonhos.
Cadelas rastejam seus peitos
e se conformam
com o cio. Ladram. Doam-se.
Eu também.
Abro minha mesa
para os que trazem cansaço e solidão.
Na penumbra bebemos
à alegria de mais um Natal.”



Pois é, Poesia de Raimundo de Moraes, Intitulada “Presépio”. Raimundo de Moraes escreve desde a adolescência, nos anos 80, quando então foi “batizado” por um dos maiores poetas da nossa história: Alberto da Cunha Melo. Raimundo surge, enquanto poeta, dentro do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, movimento este que transformou a história da poesia em nosso estado e que repercute até hoje, influenciando a geração poética contemporânea. Além de dedicar-se aos versos Raimundo de Moraes é também publicitário e jornalista e une seus saberes acadêmicos à vocação para escrever a coluna “Arruar 21”, no site Interpoética; Uma coluna que ele define com sendo de “utilidades e futilidades”. Apesar de Ter se afastado da literatura durante 10 anos o poeta Raimundo de Moraes teve um regresso triunfal: nos anos de 2007 e 2008 foi o autor pernambucano mais premiado, e chegou a conquistar primeiros lugares e menções honrosas nas cinco regiões do País.

Quer Mais?
Toma: http://www.interpoetica.com/os_olhos_da_gazela.htm

CRÈDITOS: Nuevo Mexico (Hecho en Casa)

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