DESENCANTO
"Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre. "
Pois é, Poesia de Manuel Bandeira, intitulada “Desencanto”. Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, nasceu no recife no dia 19 de abril de 1886. Durante a vida, residiu na capital pernambucana, no Rio de Janeiro, São Paulo, e chegou, inclusive, a mudar-se para a Suíça, em busca de tratar-se da tuberculose. A doença esteve com o poeta durante 64 anos, sendo tema explícito e implícito de seus versos. A sua lira, é também povoada pela nostalgia da infância na Rua da União, onde brincava. “Carnaval”, “Cinza das Horas” e “Libertinagem” são alguns dos 14 títulos que Manuel Bandeira escreveu. O poeta de “vou-me embora pra Pasárgada” despediu-se definitivamente no dia 13 de outubro de 1968, em Botafogo, Rio de Janeiro, nos deixando poesias, prosas e inspiração.
quer mais?
toma: http://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp
http://www.revista.agulha.nom.br/manuelbandeira.html
*áudio: http://www.4shared.com/file/46576529/3cc7b307/POEMA_17_04_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1
terça-feira, 29 de abril de 2008
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