quinta-feira, 15 de maio de 2008

quinta-feira 15/05/08


...Pelo 13 de Maio. E por todos os outros dias do ano e da história do Brasil, verde, azul, amarelo, branco, preto...


"Salve! Região dos valentes
Onde os ecos estridentes
Mandam aos plainos trementes
Os gritos do caçador!
E ao longe os latidos soam...
E as trompas da caça atroam...
E os corvos negros revoam
Sobre o campo abrasador! ...
*
*
Palmares! a ti meu grito!
A ti, barca de granito,
Que no soçobro infinito
Abriste a vela ao trovão.
E provocaste a rajada,
Solta a flâmula agitada
Aos uivos da marujada
Nas ondas da escravidão!
*
*
Salve, Amazona guerreira!
Que nas rochas da clareira,
— Aos urros da cachoeira —
Sabes bater e lutar...
Salve! — nos cerros erguido —
Ninho, onde em sono atrevido,
Dorme o condor... e o bandido!...
A liberdade... e o jaguar!"

Pois é, Poesia de Castro Alves, trechos do poema “Saudação à Palmares”. Antônio Frederico de Castro Alves nasceu no estado da Bahia, em março de 1847. Passou a infância no sertão natal, e durante a vida residiu no Recife e esteve de passagem pelo Rio de Janeiro e São Paulo. A sua lira navegou através da temática romântica, pela descrição de belas paisagens poéticas e pelas causas da liberdade e da justiça. É conhecido como “o poeta dos escravos” por lutar contra a escravidão, através de poemas como “ O Navio Negreiro” e “Vozes d’África”. Faleceu no dia 6 de julho de 1871, vítima da tuberculose, “O Mal do Século”, dezessete anos antes da libertação dos escravos, pela lei áurea.


Quer mais?
toma: http://www.projetomemoria.art.br/CastroAlves/index.html
http://www.vidaslusofonas.pt/castro_alves.htm


crédito: CLÁUDIO ALMEIDA - CD ALMA PERNAMBUCANA FX 12 - RECIFE NAGÔ AUTORIA : JOTA MICHILES

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