quarta-feira, 25 de junho de 2008

quinta-feira, 19/06/08


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*Áudio:
http://www.4shared.com/file/52732081/c1f7a545/POEMA_19_06_2008.html?dirPwdVerified=1b9560d1
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"Gonzaga virou poeta
Desse povo sertanejo
Identidade que vejo
Ele traçou essa meta
Meu sertanejo é esteta
Palmilhou grande destino
Do sertão um paladino
Ao mostrar-se por inteiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino
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Gibão, chapéu e perneira
Peitoral luvas também
O vaqueiro vai além
Vegetação catingueira
Derruba boi na esteira
Depois de ouvir seu sino
Como Gonzaga menino
Avistou no seu terreiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino
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Gonzaga foi no plural
Sintetizou a cultura
Na sua vertente pura
Vestimenta original
Do vaqueiro fraternal
O seu gesto que eu assino
Nordeste de Vitalino
Foi embaixador primeiro
Foi vestido de vaqueiro
Que mostrou-se um nordestino"

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Pois é, Poesia de Allan Sales, “Foi Vestido de Vaqueiro que Mostrou-se um Nordestino”, texto dedicado ao rei do baião, Luiz Gonzaga. Músico, compositor e poeta cordelista, o autor desses versos é natural do Crato, Ceará, e radicado no Recife desde de 1969. Allan Sales, auto denomina-se Menestrel, e disso ninguém discorda, pela maestria com que verseja e improvisa. Por sua iniciativa a Prefeitura da Cidade do Recife lança este ano o CD “Cordas e Cordéis”, no qual Allan Sales e mais sete cordelistas recitam poesias que soam tais quais belas canções.
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Um comentário:

sonhos crônicos disse...

Realmente o cara é muito bom!
E é disso que o povo precisa. Refazer os laços com a nossa poesia brasileira.recompreender os traços tão singulares de nossos gestos, q de tão naturais passam despercebidos até o esquecimento...
Pra isso nada melhor que o cordel...
Quero ver n amarrar a poesia pelos cabrestos!

Bigios