sexta-feira, 5 de setembro de 2008

quinta-feira, 28/08/08



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*Áudio: http://www.goear.com/listen.php?v=23cc13a
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"Eu, um livre pensador
deito e ponho-me a sonhar
pensando: - que bom seria
se Virgulino voltar!
Pra, com sua autoridade
por as coisas no lugar.


Virgulino decretava
a Lei da Honestidade
e pra o politico aprender
o que é sofrer de verdade
tinha que passar dez dias
vivendo de caridade.


Passar fome uma semana
comendo só palma assada
feijão com o arroz puro
ou mesmo não comer nada
tomar água do barreiro
somente por Deus tratada.


Daí tudo mudaria
se Virgulino voltasse
talvez nem fosse preciso
que Lampião retornasse
bastava um homem sério
que só no povão pensasse."

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Pois é, Poesia de Paulo Dunga, poeta cordelista e pesquisador do Cangaço. José Paulo Ferreira de Moura, mais conhecido como Paulo Dunga, é membro da União dos Cordelistas de Pernambuco, a Unicordel, e tem, além dos folhetos, 3 livros publicados sobre o Cangaço e Lampião. A sua poesia é nordestina de raiz, é engajada com os problemas sociais e faz sempre um resgate da história do cangaço, através de um sábio paralelo entre as mazelas do povo nordestino nos tempos de Virgulino Ferreira, o Lampião, e as dificuldades que esse povo enfrenta nos dias de hoje. Logo mais, às 6 horas da noite, o poeta Paulo Dunga lança o seu mais novo livro: "Lampião: A Trajetória de um Rei sem Castelo", na biblioteca pública de pernambuco, localizada no parque 13 de maio.
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